É claro que não somos obrigados a fazer nada para salvar o meio ambiente. Se pensarmos bem, não existem leis muito rigorosas a respeito disso, ou, pelo menos, tão rigorosas que resultem em consequências dramáticas para quem não a cumprir. Por isso, é claro que podemos simplesmente cruzar os braços, não fazer nada, deixar para lá, passar a responsabilidade para outras pessoas e julgar que não somos responsáveis por nada do que acontece à nossa volta. É claro que essa atitude pode ser tomada. Tanto pode, que já vem sendo assumida por muitos de nós.
É claro que podemos pensar que essa atitude de descaso para com o meio ambiente não terá as consequências funestas que, para alguns, só existem na cabeça dos alarmistas, os que têm uma visão apocalíptica do futuro, e pensam que o mundo vai acabar amanhã se um simples copo de plástico for lançado em um bueiro. É claro que podemos pensar como quisermos e agir da maneira como bem entendermos.
Mas é igualmente claro que, se essa mentalidade perdurar, ou vencer, o futuro dos seres humanos será muita coisa, menos… claro. Será escuro o céu que trará as precipitações incomuns e excessivas de chuva. Será escuro o deserto em que se transformarão as florestas mal cuidadas pelo homem. Será escuro o ar poluído que respiraremos. Serão escuros, muito escuros, os nossos pulmões e os nossos olhos. Essa não é uma visão do futuro. Está acontecendo hoje. O mundo está cada vez mais escuro. E isso é claro. É claro também que podemos mudar tudo isso: com gestos claros e diretos de consciência e de cuidado com relação ao planeta em que vivemos.