Uma homenagem de nossa escola a todas as mães
Refúgio é espaço de acolhimento. O lugar para onde se pode ir em todas as horas – nas horas em que existem motivos fortes, que é quando os filhos precisam de abraços, de palavras de consolo e de reafirmação de afeto; e nas horas mais aleatórias, sem razão nenhuma, apenas para sentir aquela presença de mãe, aquela recordação permanente de uma ligação com a própria identidade. Filho se refugia na mãe. E mãe se refugia no filho. Porque nos filhos também há acolhimento, abraços, palavras, afetos. Ali também há a presença física que funciona como materialização do espírito materno. É ali que mãe se sente mais mãe.
Refúgio é espaço de proteção. O lugar para onde se ir em momentos de perigo – nos momentos em que o mundo parece ficar mais sombrio, mais ameaçador, que é quando os filhos precisam sentir a fortaleza que é a mãe; e nos momentos em que essas sombras se mostram passageiras, e as nuvens escuras são desfeitas pelo primeiro sopro de ar – mesmo assim, é bom saber que a fortaleza pode se reerguer a qualquer hora. Filho se refugia na mãe. E mãe se refugia no filho. Porque nos filhos também se encontram guerreiros prontos a defender as mães. Ali também existe uma força a ser compartilhada. Ali também há uma presença que protege. É ali que mãe se sente mais mãe.
Refúgio é também espaço de passeio. O lugar para onde se ir quando se quer viver o presente. Quando se quer apreciar a paisagem, entrar em contato com a natureza, que também é uma espécie de mãe. Ou ainda quando se quer apenas respirar um pouco, com profundidade, para conseguir ânimo para continuar os estudos e a vida, aspirar o ar em volta, pausadamente, aproveitando cada instante. Filho se refugia na mãe. E mãe se refugia no filho. Porque os filhos também ensinam a arte de viver o aqui e o agora, de se concentrar no imediato para realizar bem todas as tarefas. Neles, também há muito que pode ser aprendido pelas mães. Ali também há um espaço de natureza livre. É ali que mãe se sente mais mãe.
Refúgio é, ainda, espaço de permanência. O lugar para onde se ir sempre. Quando bate a saudade, ou quando ocorre a lembrança. Sem motivos aparentes ou com a vontade irresistível de abraçar. Uma vontade que ocorre assim, do nada, de uma hora para outra, de repente; ou um encontro planejado, programado, ensaiado com a família inteira, com todos os parentes que ocupam um espaço que se parece com o espaço que a mãe ocupa. Mas só parece. Porque mãe é aquela que merece o nome. Filho se refugia na mãe. E mãe se refugia no filho. Porque filho também precisa merecer esse nome. E também são para sempre. É ali que mãe se sente mais mãe.